domingo, 15 de abril de 2018

Carta aberta a todos os Benfiquistas

Se tudo isto custa? Custa! E não é pouco... Poucas serão as palavras que conseguirei dizer neste momento até recuperar deste pesadelo que se apodera do meu pensamento. Não pelo Rui Vitória, não pelo Artur Soares Dias, não pelo Presidente ou qualquer outro interveniente do jogo. Custa, porque é o Benfica. Custa porque toda esta raiva e injustiça psicológica me leva a perguntar “Porquê?”.  Porque é que simplesmente não podemos passar a mística de milhões de adeptos para dentro de 11 almas às quais se exigem suor e luta pelo símbolo que envergam ao peito durante 90 minutos? Pede-se raça e orgulho. Porque dos fracos, não reza a história. Porque passem os anos que passarem o Benfica somos nós, os adeptos. Aqueles que no bem ou no mal, na vitória ou na derrota, na hegemonia ou na crise serão sempre os principais fiéis. Pelos que correm “meio mundo” para apenas desfrutar de hora e meia de futebol, que quebram barreiras e fronteiras e por vezes “esgotam orçamentos” para se sentirem realizados e esquecerem o mundo por instantes na vida. O Benfica é mais que isto. Desde cedo percebi que iria levar o Benfica para a minha vida. Fui admirando os valores do clube que ainda hoje me faz vibrar, sorrir e chorar (de felicidade ou tristeza). É essencialmente pela grandeza deste clube que alguns valores têm que por todos serem repensados, isto, em momentos de vitória e derrota. Não é o fim. Mas é um (pequeno grande) passo para o fim de uma época que poderá trazer um desfecho trágico se comparado à dimensão do Benfica. Temi pelo jogo, principalmente pelo seu desfecho. Mas toda aquela primeira parte onde se sentia uma vontade e uma cumplicidade entra a chuteira e a bola levou-me a acreditar cada vez mais que iríamos ganhar isto hoje. Se isto poderia ter sido mais duro? Sinceramente não sei. Mas que esta derrota me faz relembrar todo o início conturbado da atual temporada, isso faz. Colocar-me a pensar que estamos perto de terminar a época apenas com uma Supertaça, realmente deixa-me abalado e entristecido. ‘Dói cá dentro’. Não é um discurso derrotista nem tão pouco. É um discurso sentimental e de tudo o que a frio me vem à alma no jogo que mais me desapontou pelo seu desfecho. Por vezes, é sorte, por outras azar. Hoje, faltou atitude e raça.

Ontem, hoje, amanhã e sempre, 
PELO SPORT LISBOA E BENFICA. 
E PLURIBUS UNUM


Amo-te Benfica.


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