sábado, 3 de novembro de 2018

No limiar da decadência futebolística...

Primeiro que tudo salientar o trabalho de Ivo Vieira e da sua equipa hoje na Luz. Um Moreirense à semelhança da equipa que foi no Dragão: com personalidade e a encarar o jogo sem medo do (possível) maior poderio adversário. Do Benfica? Se há aspetos positivos só serão percetíveis após uma análise minuciosa uma vez que a exibição deixou muito a desejar... Uma das piores exibições do Benfica no estádio que há pouco mais de uma semana celebrou o 15º aniversário. Se no Jamor já havíamos tido um decréscimo do nível de jogo proveniente daquela última meia hora em Amesterdão, hoje, foi o "bater no fundo". E logo hoje, no dia em que o nosso Pai Damião celebraria os seus 113 anos de vida, ver "isto"... Sobre a equipa, pouco a dizer, o mesmo que no Jamor: atitude e desorganização (principalmente defensiva). O problema está no balneário e no banco. Se há uma semana já havia dito que era tempo de reflexão, hoje, é dia de ação. Hoje, antes que seja tarde. Rotações da equipa incompreensíveis e atrasadas. Jogadores que numa semana passam da bancada ao onze inicial. Uma espiral de acontecimentos negativos e ininteligíveis. Quando Rui Vitória se vê confrontado com "críticas extra-jogo" pretende de imediato contra-argumentar com factos. Quantas vezes este ano vimos, por qualquer motivo, Rui Vitória justificar "esta ou outra opção"? Não procura explanar decisões para os adeptos e para o público.



Na terça-feira tivemos uma entrevista de Luís Filipe Vieira à TVI onde afirmou que "Rui Vitória é o homem certo para o projeto do Benfica". 

Devemos assumir que o treinador certo para o projeto do Benfica é aquele que afirma que "temos de saber conviver com o insucesso"? É realmente esta a mensagem que deve ser transmitida aos jogadores quando algo não corre bem? Mentalidades erradas em clubes certos.


É este o Benfica que aspira ser campeão europeu quando a nível interno vai tendo uma qualidade de jogo paupérrima desde o final da época transata e soma duas derrotas consecutivas na Liga? Um Benfica que nos últimos 10 jogos da Liga dos Campeões perdeu 9. 

Um Benfica que só terminou o ano passado no 2º lugar depois de um "presente" vindo da Madeira aos 93 minutos.

Urgem "mudanças radicais" (tal e qual Grimaldo afirmou na flash interview). Quando alguém está a mais (ainda para mais dizendo-se benfiquista) tem que saber sair. Depois do Jamor e do final do jogo de hoje, vemos Rui Vitória afirmar que "Não desiste de nada por natureza, ponto". É de enaltecer a força anímica que (pelo menos) demonstra mas tudo tem um ponto final e o fim de Rui Vitória é cada vez mais inevitável. Por horas, ou por dias. Se se mantiver o atual critério da direção, espero que, se perdermos na quarta-feira, já haja uma solução, porque Rui Vitória, não poderá ser com certeza!




domingo, 28 de outubro de 2018

Sem ideias, sem resultados

Difícil decidir por onde começar. Uma equipa que tem níveis de eficácia e finalização aterrorizantes está sempre mais perto de perder do que ganhar. Hoje, o Benfica voltou a ter erros posicionais e ideias muito fracas de jogo. Mas o que custa? O que custa é passar 2 horas à chuva para ver o jogo deprimente de hoje. Um jogo onde a equipa a perder 2-0, não conseguia dominar e assumir o controlo do jogo e mostrar vontade de dar a volta. E a verdade é que Rui Vitória (mais uma vez) voltou a falhar. Em Amesterdão foi “crueldade”, hoje “parecia que por magia a bola não transpunha a linha de golo”. As “desculpas” começam a ser infindáveis e o Benfica carece de resultados e principalmente exibições positivas, uma reviravolta no panorama atual. O futebol que o Benfica tem vindo a praticar está longe de ser o mais “elegante” e/ou o mais vistoso. É um futebol que tem servido internamente (serviu até para um Porto que se apresentou mais fraco). Lá fora, quando comparado a clubes de semelhante nível, surge a diferença. É na verdade tempo de pensar. Tempo de refletir sobre o que está mal e refletir essencialmente no futuro. Se há volta a dar? Há, mas não é para durar uma época.
No balneário vê-se um plantel à imagem de Rui Vitória. Depois desta partida, depois de 2 horas à chuva a cantar, no final do jogo não há um pedido de desculpas por parte nem de jogadores nem de equipa técnica. Saída diretamente para os balneários de cabeça baixa. Um pedido de desculpas por quem realmente despendeu tempo e dinheiro para ver o seu clube perder 2-0 contra um Belenenses que tinha 4 golos em 7 jogos.

(Aos adeptos que saíram no intervalo, “vocês são uma vergonha”. Se é para ver meio-jogo, fiquem no conforto do sofá em vossa casa ou no café.)

Enfim... Ser benfiquista tem disto. A ganhar ou a perder, a fazer sol ou a chover, lá estaremos. Os eternos apaixonados... 

Chuva a cair com força durante o jogo no Estádio Nacional.


terça-feira, 11 de setembro de 2018

Um jogo à porta fechada

O Conselho de Disciplina (CD) puniu esta terça-feira Benfica, Sp. Braga e Paços de Ferreira com a realização de um jogo à porta fechada.As interdições serão automaticamente suspensas em caso de recurso para o pleno do CD, cuja decisão costuma demorar apenas alguns dias. Depois, se as punições se mantiverem, os clubes poderão ainda contestar para o Tribunal Arbitral do Desporto (TAD). Neste caso, terão de apresentar uma providência cautelar a solicitar a suspensão do castigo e caberá ao TAD analisá-la: se a aceitar, ficarão à espera de uma decisão final, que pode demorar meses; se a recusar, o castigo será imediatamente aplicado. No caso do Benfica, a punição resulta de reincidência no arremesso perigoso de objetos com reflexos no jogo na mesma temporada. As águias já tinham sido multadas ao abrigo do artigo 183 do Regulamento de Disciplina devido a problemas causados pelos seus adeptos em Tondela, Portimão e Paços de Ferreira, e voltaram a pisar o risco em abril, na deslocação ao Estoril. A moldura penal nestes casos vai de um e a três jogos à porta fechada.”

E assim andamos... Vemos os nossos adversários na sua própria casa contra o Benfica a realizarem um arraial de pirotecnia aos olhos de Pedro Proença sem serem punidos.

Vimos um adepto invadir o campo e agredir um jogador da equipa adversária, por acaso (ou talvez não), do Sport Lisboa e Benfica. O que, resultou numa multa de 2869 euros.
Isto, abordando apenas os incidentes da época passada.

Já vimos 600 cadeiras do Estádio da Luz a arder no setor visitante em 2011 aquando da presença dos elementos da claque leonina. Um incidente que resultou num prejuízo que ascendeu a meio milhão de euros. Quase 2 anos depois, após investigações do DIAP de Lisboa o clube de Alvalade não foi condenado a pagar qualquer verba ao Benfica. Os encargos ficaram pela Luz por “falta de provas”.



Será correto começar a ponderar a realização de jogos da Seleção Nadional no Estádio da Luz?


sexta-feira, 31 de agosto de 2018

"Benfica punido com um jogo à porta fechada pelo IPDJ"

"A SIC Notícias está a avançar que o Benfica foi punido com um jogo à porta fechada pelo IPDJ (Instituto Português do Desporto e Juventude). A mesma fonte avança que o clube já foi notificado da decisão.
A decisão surge na sequência de uma queixa contra as claques e é baseada nos autos de notícia da PSP de 2017.
Os encarnados têm agora 20 dias para impugnar a decisão, que inclui ainda o pagamento de uma multa superior a 56 mil euros."
Segundo relatos avançados pela SIC Notícias e segundo o artigo do jornal 'Record' acima descrito o IPDJ terá punido o Benfica com um jogo à porta fechada em virtude das claques ilegais.

Ora, esta possível interdição (ou possibilidade) é já reincidente na "praça pública". Recuemos a 30 de julho do ano passado:


Para nos contexutalizarmos melhor sobre os atuais representates máximos desta instituição façamos então uma breve descrição sobre o Presidente do Conselho Diretivo do IPDJ: Augusto Baganha - responsável pelo Departamento de Desporto. 

Até aqui parece tudo normal até que, vejamos, Augusto Baganha: ex-atleta do Sporting Clube Portugal na modalidade de Basquetebol durante 5 anos) e ex-membro da Comissão de Horna de Bruno de Carvalho.

Augusto Baganha na IV Gala Honoris do Sporting (2017) junto da Comissão de Honra de BdC (foto:"Hugo Gil")

No que realmente resultou esta 'falsa notificação' (mas "intenção de")? Nada.

Explorando agora então este caso das "claques ilegais":
  • Segundo o artigo 46 da Constituição Portuguesa, ponto 3: 
    • "Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação nem coagido por qualquer meio a permanecer nela"
  • Qualquer sócio/associado do Sport Lisboa e Benfica é portador de direitos. Direitos que, são exclusivos por vezes. (exemplo: prioridade sobre não associados na aquisição de bilhetes)
  • O IPDJ terá que realmente averiguar se, as claques ditas "legais" cumprem de forma minuciosa e intransigente os regulamentos durante a época desportiva. Será que Sporting e Porto asseguram uma lista atualizada e realmente organizada sobre os associados das respetivas claques? Estarão realmente a cumprir os requisitos obrigatórios?
    • (artigo 15º da lei 39/2009 - ponto 3) "O registo referido no n.º 1 é atualizado sempre que se verifique qualquer alteração quanto aos seus filiados e pode ser suspenso pelo promotor do espetáculo desportivo no caso de incumprimento do disposto no presente artigo, nomeadamente nos casos de prestação de informações falsas ou incompletas no referente ao n.º 1."
  • Será que os cerca de 3 mil adeptos visitantes que em todos os dérbies e clássicos no Estádio da Luz estão presentes são parte integrante dessas claques ou mais de metade não constam na lista? Caso Porto e Sporting cedam bilhetes em número superior ao dos filiados nas suas claques estarão a cometer uma ilegalidade:
    • (artigo 16º da lei 39/2009 - ponto 3) "Nos espetáculos desportivos integrados em competições desportivas de natureza profissional ou não profissional considerados de risco elevado, nacionais ou internacionais, os promotores dos espetáculos desportivos não podem ceder Legislação Consolidada ou vender bilhetes a grupos organizados de adeptos em número superior ao de filiados nesses grupos e identificados no registo referido no n.º 1 do artigo anterior, devendo constar em cada bilhete cedido ou vendido o nome do titular filiado"

É necessário então que o IPDJ garanta uma transparência na análise de todos os casos e que as equipas sejam realmente punidas se as leis forem infringidas, sabendo que, ter-se-á que realizar uma análise extensa e transparente.





quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Tarefas europeias

Foi hoje realizado às 17 horas (de Portugal Continental) no Fórum Grimaldi (Mónaco) o sorteio da fase de grupos para a presente época da Liga dos Campeões. O sorteio ditou que este fosse o nosso grupo:



Data e horário dos jogos:

  • 19/09 20:00  Benfica-Bayern
  • 02/10 20:00  AEK-Benfica
  • 23/10 20:00  Ajax-Benfica
  • 07/11 20:00  Benfica-Ajax
  • 27/11 20:00  Bayern-Benfica
  • 12/12 20:00  Benfica-AEK

Um grupo que pode enganar pelo poderio e qualidade das equipas:

    • Bayern: Um 'velho conhecido'. Agora sob o comando de Niko Kovac, uma equipa recheada de talento individual e coletivo que há cerca de 2 anos e meio encontrou-se com o Benfica nos quartos-de-final. Mesma (ou maior) qualidade individual, a favorita ao primeiro lugar. É tentar a primeira vitória de sempre contra os alemães.
    • Ajax: o mítico clube holandês inesquecível. Segundo lugar do campeonato holandês mas que este ano promete ser mais forte. Blind e Tadic são dois dos jogadores que vieram acrescentar mais qualidade aos jovens talentos a emergir nos holandeses. 40M gastos em transferências neste defeso. 
    • AEK: o atual campeão grego. Respeitosamente, a equipas mais fraca do grupo e mais fraca que o PAOK, a meu ver. Apesar disso, vai causar perigos. Um "até já" à Grécia.

Uma edição da Liga dos Campeões marcada pelo aumento dos prémios de jogo (vitória ou empate) e presenças nas diversas fases:



Se o Benfica apenas não vencer o Bayern de Munique nos seus 6 jogos e ganhar os restantes 4, garantirá, 10,8M de euros.

Uma verba muito importante a juntar aos 42,95 milhões (que o Benfica garantiu após o playoff de acesso de entrada) perfarão um total de 53,75M de euros, isto, só com a presença nos 'oitavos'.


É para além desta e muitas outras razões (uma delas tentar esquecer em parte as memórias da prestação europeia do ano transato) que o Benfica pode aproveitar algum favoritismo e uma dificuldade não tão elevada para "recuperar os velhos tempos europeus". 




terça-feira, 21 de agosto de 2018

Um sonho que pode tornar-se num pesadelo

Estádio da Luz. Terça, 21 de agosto de 2018. 1ª mão do Playoff de acesso à Liga de Campeões. Receção ao PAOK depois de os gregos terem eliminado o Spartak de Moscovo na eliminatória anterior. Importante não sofrer.




O Benfica jogou contra um PAOK que outrotra já tinha eliminado bem recentemente. “Puxemos então a fita” um pouco atrás no tempo:
  • 16 avos de final Liga Europa 2013/2014: 
    • 1ª mão - O Benfica deslocou-se à Grécia onde venceu por 1-0 com um golo de Lima num jogo bem equilibrado;
    • 2ª mão - Benfica recebeu o PAOK com a vantagem mínima da primeira mão. O jogo ficou marcado pelo regresso de Katsouranis (pelo PAOK) ao Estádio da Luz. O Benfica venceu com três golos em 9 minutos na 2ª parte num jogo onde foi claramente superior

Um jogo tremendamente difícil na Grécia e outro onde fomos muito superiores ao adversário na Luz.
Ambiente da 1ª mão na Grécia 16 avos de final Liga Europa 2013/2014:




Vlachodimos, André Almeida, Jardel, Rúben Dias, Grimaldo, Fejsa, Gedson, Pizzi, Cervi, Zivkovic e Ferreyra. (Salvio na bancada por "indisposição")



O Benfica manteve (à semelhança dos últimos jogos) a intenção de criar e impôr o seu respeito no jogo como equipa favorita. Apesar de tudo, encontrou um PAOK semelhante ao Boavista de sábado. O PAOK apresentou uma pressão alta logo desde o início da partida e o Benfica não conseguiu impôr-se como desejava. Até marcou um golo bem cedo na partida mas Gedson encontrava-se em posição irregular e o árbitro assinalou bem o fora-de-jogo. Em pouco tempo o Benfica criou "um par" de oportunidades por intermédio de Pizzi, uma delas, à trave (depois de um belo 'chapéu'). Aos 44 minutos, depois de um passe rasteiro de Grimaldo para dentro de área, Gedson é empurrado pelas costas por Mauricio e o árbitro assinalou grande penalidade. Pizzi não falhou. 5ª continência da época.


Uma primeira parte totalmente dominada pelo Benfica. Um PAOK muito semelhante ao do Boavista cujo bloco acabou por ser baixo e defendeu como podia. Intervalo na partida.


Na segunda parte o Benfica entrou com tudo mais uma vez e até esteve perto de dilatar a vantagem aos 50 minutos. A partir daí entrou num rendimento decrescente. Deixou-se adormecer (mais uma vez)e aos 75 minutos o Benfica foi surpreendido após um cabeceamento de Varela à trave que ressaltou para Warda que rematou para dentro da baliza. De imediato Rui Vitória lançou João Félix e Seferovic a jogo. Os úlitmos 10 minutos foram um "acordar para a realidade" da equipa do Benfica. Ferreyra falhou um lance flagrante após um grande passe de João Félix, Seferovic falhou após um cruzamento de Gedson e João Félix no último lance da partida atirou muito perto do poste direito. Fim da partida com um empate com sabor a derrota. Um resultado que obrigará o Benfica a marcar na Grécia para se apurar no conjunto das duas mãos.



Estatísticamente falando:




Algumas notas:

  • O onze foi novamente o mesmo (como seria de esperar) do Bessa. Hoje, ficou bem clara alguma fadiga apresentada pelos jogadores (tinha avisado). E o que aí vem ainda... Sábado vai ser necessário o melhor onze de novo.
  • O Benfica estava a fazer o melhor jogo da época. Aliás fez a melhor hora de jogo da época. Um teste difícil onde conseguiu retirar temporariamente o PAOK do jogo. A última meia hora foi o que Rui Vitória já nos habituou. Falta de controlo do jogo.
  • Há uma certa altura em que Rui Vitória falha e é aí o ponto determinante desta partida. Para mim, aos 60-65 minutos, tem que retirar Cervi e colocar Alfa Semedo. Cervi mostrou mais garra e afinco que nos últimos jogos e até mesmo que Zivkovic mas, Zivkovic daria mais ao jogo naquele momento. O Benfica ganhava um meio campo mais defensivo e consciencializado. Tardou e depois teve que procurar o golo.
  • João Félix assim que entrou criou mais desequilíbrios que Cervi até agora nesta temporada. Rui, é preciso saber explorar isto!
  • Ferreyra continuou desaparecido da partida e teve poucas ações. Um ou dois lances que mereceram destaque mas nada "por aí além".
  • A ausência de Salvio fez-se notar com um jogo ingrato de Zivkovic. Ingrata também a ausência de Salvio quando parece recuperar a sua melhor forma.
  • O Benfica vai a Salonica sabendo que tem que lutar pela eliminatória. O Benfica é claramente mais forte que o PAOK. Não nos podemos nivelar com estas equipas de nível inferior. O Benfica tem jogadores com qualidade individual para golear o PAOK na Grécia na próxima semana, mesmo sabendo que estas equipas aproveitam o fator casa (forte) para fazerem golo. O próximo jogo será decisivo para o resto da época. É preciso mais da equipa quando está a ganhar e é preciso mais de Rui Vitória.

De 0 a 10:

  • Vlachodimos - 6
  • André Almeida - 6
  • Rúben Dias - 6
  • Jardel - 6,5
  • Grimaldo -6,5
  • Fejsa - 6,5
  • Gedson - 7
  • Pizzi - 7,5
  • Cervi - 7
  • Zivkovic - 6
  • Ferreyra - 5,5
  • Rafa - 6,5
  • João Félix - 6,5
  • Seferovic - 5,5

Estatísticas por: GoalPoint

É preciso mais Benfica, muito mais! Sábado há um jogo para vencer e se possível (beneficiando da má forma do adversário) golear.


Ontem, hoje, amanhã e sempre, 

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domingo, 19 de agosto de 2018

Nova época, mesmos costumes








Será que a Liga vai progredir assim?

4x Pizzi e o "finalmente!" argentino

Deslocação ao Bessa. Sábado, 18 de agosto de 2018. 2.ª jornada da Liga NOS. Deslocação ao Norte de Portugal para defrontar um Boavista que vinha de um resultado positivo. 3 pontos que eram essenciais.




O Benfica entrou num campo onde eram facilmente reconhecíveis dificuldades de anos transatos. “Puxemos então a fita” um pouco atrás no tempo:
  • Bessa 2017/18 - Provavelmente um dos jogos onde perdemos o Penta. O jogo que fez Bruno Varela perder o seu lugar por um determinado tempo. Derrota por 2-1 após reviravolta dos 'axadrezados'.
  • Bessa 2016/17 - Última jornada, jogo após a conquista do Tetra. Um jogo que pouco importou mas que nem o empate (aos 90’) escapou...
  • 2015/2016 - Um dos jogos fulcrais que nos deu o Tri. Em qualquer Benfiquista estas palavras irão com certeza ecoar nos ouvidos: “Levanta Eliseu, a bola bombeada para a área, é para Carcela González, é para Jonas, atirou, golo!”
Últimos três jogos: uma vitória, um empate, uma derrota. Um dos campos “fora” difíceis. Um campo passível de perda de pontos, portanto. Todos aqueles Benfiquistas que se deslocaram ao Estádio do Bessa e ficaram naquele Topo Norte foram claramente audíveis e carimbaram a vitória muito antes de ela começar a ser jogada. Incansáveis!



O Benfica manteve a sua identidade e acabou por encontrar um adversário que numa fase inicial criou algum balanço no jogo (e até esteve perto de se colocar na frente do marcador primeiro). Com o avançar do tempo, pouco a pouco, foi dominando a partida. O Benfica ia criando lances de perigo através de alguns lances individuais criativos. Os ‘boavisteiros’ fixaram-se no seu meio campo por incapacidade de processos ofensivos. “Água mole em pedra dura tanto bate até que fura” e Ferreyra aos 34 minutos lá batalhou no meio de 2 jogadores para recuperar a bola e depois, com classe e dotado de frieza, acaba por colocar a bola em arco, fora do alcance do guarda redes, dentro da baliza. Um golo com um verdadeiro sentido de “finalmente”. Estava difícil a bola entrar e Ferreyra fazer um golo pelo Benfica. Um golo que como havia dito, poderá embalá-lo a “voos mais altos”. 



Salvio poderia até ter dilatado a vantagem na cara do guarda redes aos 40 minutos mas acabou por sair apenas uma grande defesa de Helton. O jogo foi para intervalo com a vantagem mínima mas um domínio claramente encarnado.



Na segunda parte, o Benfica entrou melhor ainda e encontrou um Boavista adormecido. Era clara a vontade de alargar a vantagem. “Uma meia dúzia” de oportunidades logo nos primeiros 5 minutos da segunda parte mas nenhuma com sucesso. Entrada “a todo o gás”. Se na primeira parte o Benfica já havia dominado o jogo, na segunda, assumiu praticamente o controlo total da partida. Aos 62 minutos, Salvio “desenha” o segundo golo e Pizzi acaba por pintá-lo. 2-0 para o Benfica. Mais uma vez Salvio excelente: bem no corte, insistência e no passe atrasado para Pizzi. 



4 minutos depois esteve perto o 3-0 depois de Cervi ter cruzado para a área e Talocha quase ter colocado a bola dentro da própria baliza. Valeu Helton Leite, mais uma de muitas defesas providenciais. Aos 70 minutos, Jorge Simão esgotava as substituições da equipa da casa enquanto que o Benfica não havia feito nenhuma substituição. Aos 81 minutos Salvio e Gedson já estavam fora da partida (a pensar já no jogo de terça feira) dando lugar a Zivković e Alfa Semedo. Aos 85 minutos, teve lugar o momento que mais tarde (não muito tarde) ou mais cedo teria que acontecer. Estreia de João Félix como sénior do Benfica em campo. Para a posterioridade: "Sai Cervi, entra João Félix". 



Estava então lançado mais um produto "Caixa Futebol Campus”. Mais um “jovem” lançado por Rui Vitória. O jogo pouco ou nada deu até ao final da partida, apenas um lance em que Pizzi falhou isolado aos 90 minutos.
A partida terminou e o Benfica somou mais 3 pontos fulcrais na reconquista do campeonato nacional.




Estatísticamente falando:



Algumas notas:

  • Rui Vitória repete o seu onze sabendo que jogaremos 7 jogos em 22 dias. Talvez será altura para "rodar algumas peças"...
  • O jogo, para mim, em que o Benfica mais controlo do jogo teve até agora nesta época. Muito bem. Melhoria na 2ª parte após saída a vencer para o intervalo. 
  • Grimaldo numa melhoria exibicional constante que é de se realçar. Contudo, não teve muito trabalho defensivo. 
  • Uma pergunta pertinente que se coloca é: "Gedson aguentará com tanta falta até ao final do ano?". Deixo a resposta ao vosso critério.
  • Pizzi, o que dizer? 2 jogos, 4 golos. A continuar assim, teremos certamente um Pizzi moralizado e a progredir exibição após exibição. Será o regresso do 'Pizzi do Tetra'?
  • Salvio: o jogador amor-ódio dos adeptos. Mais um jogão. Como aqui escrevi na análise da 1ª jornada, Salvio poderá estar a recuperar o seu melhor momento no Benfica. Ontem, foi mais uma vez o 'melhor depois de Pizzi'. A continuar...
  • A ala esquerda continua a mostrar mais debilidades face à ala direita. A má forma de Cervi deverá ser tomada em conta. A rever...
  • Ferreyra finalmente fez o golo que estava "encalhado". Como havia dito também, rapidamente estará na lista de melhores marcadores, espero.
  • Tivémos um Benfica que melhorou nos seus comportamentos sem bola. Não foi uma vitória da "imponência" mas sim da consistência e trabalho sem bola.

De 0 a 10:

  • Vlachodimos - 6,5
  • André Almeida - 7,5
  • Rúben Dias - 7
  • Jardel - 7
  • Grimaldo - 7,5
  • Gedson - 7,5
  • Fejsa - 7
  • PIZZI - 8,5
  • Salvio - 8
  • Cervi - 7
  • Ferreyra - 7,5
  • Zivković - 6,5
  • Alfa Semedo - 6
  • João Félix - 6,5





Ontem, hoje, amanhã e sempre, 

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quarta-feira, 15 de agosto de 2018

'Super Gedson' numa Turquia ruídosa

19 horas de Portugal (21 horas locais em Istambul). O Benfica jogava então a 2.ª mão da pré-eliminatória de acesso à fase de grupos da Champions League frente ao Fenerbahçe. Um jogo num campo teoricamente difícil dada a massa adepta adversária. Ambiente ensurdecedor. Assim foi também contra o Besiktas o ano transato. O Benfica partia com a vantagem de um golo depois do jogo da 1.ª mão na semana passada na Luz.

Onze inicial

Tarefa difícil que poderia tornar-se acessível com um golo precoce no encontro. Mas isso, eram vontades coincidentes. O Benfica procurava resolver cedo a eliminatória (em caso de um golo forçaria o Fenerbahçe a marcar 3 golos) e o Fenerbahçe procurava empatar a eliminatória ou colocar-se na frente beneficiando do ambiente do fator casa. A verdade é que nisso, o Benfica esteve bem. Anulou a (a possível) pressão inicial da equipa turca e acabou por, aos poucos, ir tomando conta do jogo. Aos 26 minutos Salvio descobriu Castillo que tocou de primeira para Gedson que a dois toques colocou a bola dentro da baliza. Um golo que tranquilizava a eliminatória para o Benfica. 6 minutos depois, o mesmo Castillo que assistiu Gedson saía de campo com queixas físicas. Entrada a frio de Ferreyra no jogo. Os 19 minutos seguintes continuaram a ser maioritariamente dominados pelo Benfica. Mesmo assim, Vlachodimos teve também tempo para uma defesa espetacular. O jogo parecia bem encaminhado para o intervalo quando já em tempo de compensação a equipa turca empata a partida depois de um cabeceamento de Potuk. Ficou a sensação que Vlachodimos se atirou tardiamente. Intervalo, jogo empatado.


Festejos no golo de Gedson

Com 20 minutos de segunda parte, Phillip Cocu (treinador do Fenerbahçe) percebia que o tempo ia escasseando e fazia uma dupla substituição: o experiente Soldado e Alici iam a jogo. O Fenerbahçe começava a tomar conta do jogo dadas as necessidade de ambas as equipas. Rui Vitória por sua vez percebia a necessidade de reforçar o meio-campo e fazia entrar Alfa Semedo para o lugar de Salvio. Aos 79 minutos o Fenerbahçe esgotava as substituições com a entrada de Isla. 5 minutos de compensação na 2.ª parte e a equipa turca não conseguiu criar muito mais perigo. Rui Vitória ia lançar Zivković a jogo na intenção de “queimar tempo” mas o jogo não correu a favor do sérvio - a bola não saiu e não surgiu a oportunidade da substituição. No último lance do jogo André Almeida falhou um remate à entrada da área. Bola para fora, final da partida. Esta então ultrapassado o primeiro teste antes de entrar na fase de grupos da Champions League. 







Algumas notas:
    • O Benfica da 1.ª parte é o Benfica que todos queremos ver. Consciente de que é melhor que o adversário, assumir o ritmo do jogo, criar oportunidades e tentar fazer golos com critério.
    • Na 2.ª parte voltámos a ser um Benfica adormecido e que se deixou adormecer à espera da eliminatória ficar de novo apertada. Mais uma vez realço a necessidade de saber controlar o jogo e não sofrer desnecessariamente. A diferença da primeira para a segunda parte do “à vontade” e da própria vontade de construir jogo é gritante.
    • Quanto ao nosso guarda-redes a cada jogo que passa percebemos que há um Vlachodimos mais seguro e confiante. Nos remates exteriores, zero erros a apontar. Deixou muitas notas positivas. Remates de difícil alcance e de excelente resposta. Contudo, no golo dos turcos existe um mau posicionamento de Vlachodimos no cruzamento (próximo do 1.º poste) que depois corrige com um ótimo ajuste ao centro da baliza, contudo, perde uma melhor reação ao cabeceamento devido a esse excesso da posição inicial (daí o tardar no seu lançamento para a bola). De resto, nada a apontar.
    • Castillo fez 26 minutos e diga-se que chegou para perceber que é ele quem realmente deve assumir o lugar de ponta de lança num 4-3-3. Foi segurando as transições ofensivas para a chegada de mais companheiros - ou sofria falta, ou tocava de frente para os companheiros. Quando não sofria falta assistia como fez para Gedson no golo, primeiro toque e com qualidade. 
    • “Super Gedson” é mesmo o nome deste post. Que jogão fez o rapaz de 19 anos. Como referi aqui no último post, a sua disponibilidade física é incrível. O que corria este rapaz no início e fim de jogo. Sem dúvida um motor! Continuemos a apreciar enquanto os “tubarões” não vierem cá pescar. Mais uma noite brilhante. Homem do jogo.
    • Esperemos que no Bessa, Rui Vitória faça descansar algumas “peças” porque daqui a uma semana joga-se o playoff e a temporada só acaba em maio, ainda há muito pela frente. Rebentar já com alguns jogadores não é o que estamos a precisar.

    De 0 a 10:
    • Vlachodimos - 7
    • André Almeida - 6
    • Rúben Dias - 6,5
    • Jardel - 6,5
    • Grimaldo - 6
    • Fejsa - 6,5
    • Pizzi - 6,5
    • Gedson - 8
    • Salvio - 6,5
    • Cervi - 5,5
    • Castillo - 6,5
    • Ferreyra - 6
    • Alfa Semedo - 6

    Ontem, hoje, amanhã e sempre, 

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    sábado, 11 de agosto de 2018

    Treme coração, treme...

    Desde já meu Benfica, perdoa-me o atrevimento de ter falhado o primeiro jogo da Renconquista. Que ousadia... Mas mais uma vez, prometo que o meu lugar ficou bem entregue. Devo confessar que senti aquele nervoso miudinho do início de campeonato, contudo, sempre a acreditar na conquista de mais um campeonato. Aliás, reconquista. Sejam então oficialmente bem-vindos à época 2018/19 da Liga NOS. Aliás, bem-vindos à época da reconquista.




    O relógio marcava 20 horas e 30 minutos do dia 10 de agosto. Início do jogo inaugural da Liga NOS 18/19. O Benfica entrava na Luz oficialmente pelo 2.º jogo consecutivo. Rui Vitória aproveitou a deixa do último jogo e acabou por ‘lançar’ o mesmo onze de quarta-feira. Havia uma atenuante: Rui Vitória só poderia contar com 2 pontas-de-lança - Seferović e Ferreyra - uma vez que Castillo teria que cumprir castigo pela expulsão no seu último jogo ao serviço do Pumas e a saída/permanência de Jonas continuava iminente. João Félix e Lema acabariam por ser os 2 jogadores do lote dos 20 convocados que iriam ver o jogo da bancada.




     A mesma equipa e o mesmo objetivo: marcar muito e cedo. Assim foi, aos 10 minutos depois de uma arrancada “estonteante” de Gedson pela ala direita a bola sobrou para Pizzi que com o pé esquerdo colocou a bola no “canto do lobo”. Estava feito o primeiro golo da partida e do campeonato. 5 minutos depois, Ferreyra teria a oportunidade de aumentar a vantagem através de uma grande penalidade que acabaria por desperdiçar. O caudal ofensivo do Benfica manteve-se e à passagem da meia hora de jogo acabaria por surgir mesmo o golo, mais uma vez por Pizzi. Depois de uma perfeita sintonia na ala direita entre Salvio e André Almeida, no limite, Pizzi encostou a bola para o fundo das redes bisando assim na partida. Sem tirar o pé do acelerador e como “não há duas sem três”, desta feita na ala esquerda, Grimaldo fez um passe para o centro, Ferreyra simulou o toque e a bola ficou à mercê de Pizzi que desta vez com o pé direito faria o seu hat-trick em apenas 38 minutos. Que primeira parte para o transmontano e para o Benfica!
    Com o jogo praticamente controlado, Rui Vitória colocava os olhos no jogo de terça-feira na Turquia. Preparava-se para fazer descansar algumas “pedras importantes”. O Benfica foi baixando a intensidade do jogo e acabou por deixar o Guimarães criar mais situações de perigo. O que, aos 76 minutos, acabaria por levar mesmo o Guimarães ao golo por intermédio de André André (já com Cervi e Fejsa no banco de suplentes). A tendência acabaria por manter-se e 5 minutos depois o que parecia seguro tornava-se perigoso quando o (ex-Benfica) Celis reduzia a vantagem para um golo. A equipa apercebeu-se disso e acabou por conseguir segurar a vantagem até ao final da partida. Chegou para o susto...



    Algumas notas:
    • Gostei pessoalmente de ver este Benfica a entrar mais uma vez com cabeça e maturidade suficiente de um “grande” ao perceber que tem obrigações logo desde cedo: fazer golos.
    • É bem perceptível que Vlachodimos será o nosso guarda redes titular depois de mais uma exibição positiva, resta saber, o que acontecerá a Bruno Varela depois de o seu nome nem ser apresentado na convocatória dos dois últimos jogos. O titular da época passada fica assim com o 3.º lugar da baliza do Benfica esta época e por sua vez Svilar ocupará o lugar de suplente pelo 2.º ano consecutivo. A não haver nenhuma proposta pelo português, a direção terá que organizar corretamente a baliza do Benfica através de um empréstimo de Svilar e a alternância de Bruno Varela e Vlachodimos (sendo que o grego será o titular) tendo em conta o que são aspetos óbvios: idade e potencial.
    • A excelente exibição de Pizzi poderá trazê-lo de volta psicologicamente ao que foi o Pizzi de 16/17 e fazer esquecer o Pizzi do ano passado. É sempre importante um bom começo. É ser constante.
    • É cada vez mais incrível observar a presença de Gedson em campo. Totalmente um motor. Seja aos 5 ou aos 90 minutos, Gedson, estará de corpo e alma onde for preciso estar. Uma disponibilidade física que espera-se que perdure até ao final da época. Mais uma boa exibição.
    • A importância de Fejsa na partida fez-se notar ontem também. O sérvio que muitas vezes acaba por ser discreto por ser um jogador que desfaz os erros dos colegas, ontem, após a sua saída, o Benfica sentiu a sua falta. Alfa Semedo, apesar da exibição positiva mostrou alguns erros táticos que podem ser consolidados. A experiência e a leitura de jogo de Fejsa poderão ajudar à evolução de Alfa Semedo nos treinos. É a partir de aí que Alfa poderá começar a traçar o seu caminho para um definitivo ‘suplente de Fejsa’ que o levará a aspirar a uma titularidade mais tarde.
    • Salvio poderá estar a voltar à sua melhor forma numa altura em que se esperava uma venda. Os últimos dois jogos do argentino mostraram uma forma que poderá fazer garantir a sua titularidade.
    • Mais uma vez Facundo Ferreyra teve uma exibição abaixo do esperado depois de ter feito um remate em 90 minutos e de ter falhado a oportunidade de converter uma grande penalidade. Nota-se o tardar do argentino em ‘engatar’ no Benfica, contudo, acho que o modelo tático (4-3-3) não o favorece. Creio que poderá beneficiar de uma dupla com Jonas (caso fique) ou Castillo (caso Jonas não fique). O 4-4-2 traria-lhe mais benefícios... Pessoalmente, espero ver o nome do argentino constar o mais rapidamente na lista de melhores marcadores dada a sua importância salarial e a boa época no Shakthar no ano transato.
    • Ficou também mais uma vez óbvia a dificuldade Rui Vitória no controlo emocional da equipa quando sofre golos. O ano passado sofremos bastante com isto. A equipa ao sofrer golos por vezes perdia o norte e o maior exemplo disso foi o jogo na Suíça (contra o Basileia). Mas tudo isto começa quando a equipa está a ganhar e baixa a intensidade do jogo. Deixa o adversário tomar conta do jogo. O Benfica tem que saber impôr um domínio precoce no jogo e depois saber “pôr gelo”. Saber estar a vencer, baixar a intensidade e controlar na mesma. É um aspeto a melhorar com alguma urgência para evitar alguns sustos ao longo da época como o de hoje. 
    De 0 a 10:
    • Vlachodimos - 6,5
    • Grimaldo - 7,5
    • Jardel - 7
    • Rúben Dias - 6,5
    • André Almeida - 7,5
    • Fejsa - 7
    • Gedson - 7
    • Pizzi - 9,5
    • Cervi - 7,5
    • Salvio - 8
    • Ferreyra - 6
    • Zivković - 6
    • Alfa Semedo - 6
    • Rafa - 6

    Queria deixar também uma nota para uma iniciativa que tem tomado conta das redes sociais e tem mostrado o quão grande é o Benfica e os benfiquistas. Ontem, na Luz, contámos com 55 mil espectadores numa altura em que muitos “RedPass’s estão de férias” fora de Lisboa (o meu caso). A iniciativa “#ZeroLugaresVazios”, que foi posta em marcha nas redes sociais, visa a partilha dos RedPass’s (uma vez que os mesmos são transmissíveis de forma digital e pessoal) com o intuito de evitar exatamente lugares vazios. Parabéns a todos os benfiquistas que contribuíram para isso. Que a iniciativa se mantenha até ao final do ano e que o Benfica lhe dê mais visibilidade oficialmente para que, brevemente, possamos atingir a média de 55 mil por jogo na Luz.




    Posto isto, cá estamos nós, mais um ano, os eternos apaixonados que ano após ano, a vencer ou a perder, a sofrer ou não, estarão cá sempre presentes. A lutar por um ideal forte: o de te ver vencer. 

    Ontem, hoje, amanhã e sempre, 
    P’LO SPORT LISBOA E BENFICA. 
    E PLURIBUS UNUM





    sexta-feira, 3 de agosto de 2018

    Jonas, obrigado e de nada!


    Fomos hoje confrontados com a notícia da saída de Jonas para a Arábia. E é verdade. Provavelmente o nosso melhor jogador no século XXI a seguir a Aimar. Os dois melhores '10' deste século. Dois '10' que foram muito bem honrados. Um jogador que realmente foi importante enquanto cá esteve e os números falam por si: 152 jogos e 122 golos. Um média de 0,8 golos por jogo para um avançado que chegou ao Benfica a 12 de setembro de 2014 com 30 anos, em final de carreira, diziam. Reparemos então no "Jonas pré-Benfica" e "Jonas Benfica".

    Pré-Benfica: Jonas iniciou a carreira como sénior em 2005 ao serviço do Guarani (2ª divisão brasileira) onde fez 26 jogos e 12 golos. Depois de uma boa estreia seguiu para o Santos com apenas 22 anos. Corria a época de 2006/2007, começava a dar os primeiros passos enquanto profissional. Entre Paulista, Libertadores e Brasileirão, acabou por fazer 37 jogos e 10 golos. Contudo teve uma lesão e consequente cirurgia ao joelho que o afastou por mais de 6 meses (voltou em 2007). Depois desta época, Jonas era reserva do Santos. Em 2007 assinava pelo Grémio. Titular até final de 2007. Em 2008 com a chegada de reforços acabou por se tornar suplente. Entrava em poucos jogos, era um suplente pouco suplente. Na imprensa era criticado por "falta de força física". 15 jogos, 3 golos. Terminado esse ano mudou-se para o Portuguesa (empréstimo). Aí destacou-se com 10 golos em 25 jogos. No regresso pós-empréstimo, já no Grémio, acabou por se destacar  fazendo em duas épocas 116 jogos e 69 golos. Chegou a ser considerado "o pior avançado do mundo" pelo MundoDeportivo (jornal espanhol) em 2009 devido a sucessivas perdas claras de golo num jogo da Libertadores.

    MundoDeportivo

     A temporada de 2010 tinha sido então a melhor de sempre de Jonas tendo sido o melhor marcador com 40 golos (igualado com Neymar). Em 2011, devido a uma baixa cláusula de rescisão (pouco mais de 1 milhão), o Valência trouxe o avançado brasileiro pela primeira vez para a Europa. Em quatro épocas acabou por fazer 156 jogos e 51 golos. Uma média de 39 jogos por época. No final de 2013/14, Jonas era dispensado do Valência depois de uma época de 10 golos em 40 jogos. Terminava a era "Jonas pré-Benfica" com 375 jogos e 161 golos - 0,42 golos/jogo.

    Jonas Benfica: Era chegado então o dia 12 de setembro e o "jogador livre" assinava por 2 anos por um Benfica campeão depois de um jejum de 3 anos. Uma temporada de um Jonas renascido com 35 jogos e 31 golos (Bota de ouro para Ronaldo com 40 golos) . Na época de 2015/2016 a continuação de um pé afinado com 36 em 48 jogos que conduziu o Benfica ao tricampeonato. Em duas épocas, só Jonas era o autor de mais de 29% dos golos. Em 2016/17 viria a contrair 5 lesões que lhe fariam perder 25 jogos! Seria então a época com menos jogos e golos desde a sua chegada - 28 jogos, 18 golos. Mesmo assim, o Benfica sagrava-se tetracampeão. Na última época Jonas fez a melhor média de golos por jogo - 37 golos em 41 jogos (0,90 golos/jogo) - o melhor marcador das ligas europeias mesmo apesar de ter perdido 5 jogos devido a problemas nas costas.


    Jonas pré-Benfica: 

    • 375 jogos e 161 golos. 
    Troféus/prémios: Bicampeão Paulista, Campeonato Gaúcho, Taça Fernando Carvalho, 4x Troféu Naranja, Troféu Cidade de Valladolid e Taça Emirates. Melhor Marcador Brasileirão (2010)

    Jonas Benfica: 

    • 152 jogos e 122 golos.
    Troféus/prémios: Tricampeão Liga NOS, Taça de Portugal, Bicampeão Taça da Liga, Bicampeão Supertaça Cândido de Oliveira e Algarve Cup. Melhor Marcador Liga NOS (2015/16 e 2017/18) e Taça de Portugal (2014/15).


    Após o resumo da carreira de Jonas dividida num "Pré Benfica" e "Benfica" concluímos que em 3 anos Jonas fez quase tanto como nos restantes 12 da sua carreira. É verdade que muito do sucesso do Benfica nestes últimos três anos se deveu a Jonas, mas, o renascer psicológico e futebolístico de Jonas deveu-se a quem o acompanhou e a quem o treinou no Sport Lisboa e Benfica desde 2014 até 2018. Hoje, Jonas é visto de forma diferente na Europa e no Mundo. A passagem pelo Valência de pouco ou nada serviu para provar o seu valor. No Benfica, em 4 épocas de Champions, Jonas fez 10 golos e em 4 épocas de muitos clássicos e 'derbys', Jonas somou apenas 2 golos frente a cada um dos rivais (ambos de penalty). Devido a muitos problemas físicos neste momento e uma vontade de sucessivas renovações (talvez até não forçadas pelo próprio) é tempo de colocar um ponto final na sua "era" e agradecer. Um agradecimento mútuo.
    Pessoalmente, defendo a sua saída porque já previa uma época de sub-rendimento face aos anos anteriores. Nenhum jogador é eternamente bom. Jonas irá cumprir agora os últimos anos da sua carreira com uma folha salarial bastante elevada, algo que nem de perto nem de longe o Benfica conseguiria sustentar. É penoso, mas algum dia isto teria inevitavelmente que acontecer.

    Jonas, obrigado e de nada!

    Até Sempre Génio!


    sexta-feira, 27 de julho de 2018

    Alfa sem medo

    Foto: 'Record'

    Alfa Semedo foi um dos poucos jogadores que recentemente chegou e que tem agradado a Rui Vitória. Pouco mais de meia hora frente ao Napredak, pouco mais de 15 minutos contra o Setúbal, 20 minutos contra o Sevilha e 25 minutos contra o Dortmund no último jogo. Nos jogos já realizados pelo Benfica nesta pré-época, Alfa Semedo jogou em todos. O jovem guineense que retornou este verão ao Benfica proveniente do Moreirense através de uma cláusula de recompra de 2 milhões tem sido destaque entre as caras novas.
    Vamos então perceber o verdadeiro papel de Alfa Semedo no plano tático nos jogos frente ao Sevilha e Dortmund:


    • Num vídeo elaborado pelo blogue "LateralEsquerdo", vemos o que foi o jogo de Alfa Semedo a "6" no primeiro teste difícil da época num 4-3-3.

    • Contra o Dortmund, num vídeo produzido pela "A Mística Gloriosa", percebemos então o jogo de Alfa Semedo num 4-4-2 onde há uma alternância entre a posição "6" e "8" dada a presença em simultâneo de Samaris em campo.


    Ficam então algumas dúvidas que poderão ser desfeitas no próximo jogo de cariz mais elevado frente à Juventus quanto ao que realmente Alfa pode vir a dar e onde irá alinhar. Como "6" revela algumas deficiências/dificuldades posicionais em determinados momentos do jogo. Por enquanto, parece-me um "8" mais facilmente adaptável a "6" do que Samaris. Para já, boas indicações de Alfa Semedo. Esperemos para ver mais nesta pré-época.



    sábado, 7 de julho de 2018

    A comédia da Liga "Profissional" NOS

    Hoje à noite foi realizado o sorteio do calendário da Liga NOS para a época de 2018/19. Qual não foi o espanto de quem assistia a esse mesmo sorteio aquando do número retirado da 5ª bola. O papel apresentava-se "do avesso".


    Em vez de um "6" foi lido um "9".

    Pior que isso só a narração das bolas e potes por Miguel Prates.

    O vídeo com a palhaçada do sorteio aqui:


    quarta-feira, 4 de julho de 2018

    Urge uma resposta!

    Luisão no treino de ontem


    É sem duvida uma das grandes “dúvidas” no plantel para a nova temporada a continuidade de Luisão e Eliseu no Sport Lisboa e Benfica. Como é sabido os seus contratos terminavam a 30 de junho do presente ano.

    Luisão no treino de hoje


    Quanto a Eliseu, parece mais que óbvia a sua saída dada a sua ausência nos treinos efetuados e até hoje - 6.º dia desta nova época - não ter havido nenhuma palavra sobre o mesmo (o que também é de lamentar).
    Quanto a Luisão, parece que fará parte do plantel para a nova época. Assim, há realmente que fazer uma introspecção. Quais os benefícios que Luisão ainda poderá trazer/dar ao Benfica, com 37 anos numa horrível forma física e numa posição onde neste momento há mais 5 jogadores para além dele?

    Resumindo: 
    • Primeiro, o Benfica terá que informar a todos os sócios e simpatizantes (que julgo terem o direito ao acesso das informações contratuais - não de forma pormenorizada - de todos os jogadores do clube) qual a situação de Luisão no clube;
    • Terá também que ser bem repensada a continuidade de Luisão em função dos benefícios que trará desportivamente ao clube;
    • O Benfica terá que, em caso de permanência, reduzir o salário de Luisão pois será algo incomportável de acordo com o seu dispôr físico e tempo que virá a jogar. Um peso grande e desnecessário nas contas da SAD.
    É sabido que é o elemento mais antigo do plantel no clube e que assumiu um grande compromisso com o clube, contudo, há sempre a altura do “adeus”. Quantos não foram os que ainda há bem pouco tempo deixaram os seus clubes onde estavam presentes há mais de uma década? Foi sem dúvida uma peça fundamental nos 17 títulos que conquistou pelo Benfica mas é “a hora”.

    terça-feira, 3 de julho de 2018

    Emprestados aqui e ali...

    Estamos a caminho da nova época e continuam a haver alguns aspetos que merecem destaque na equipa do Benfica. Um deles, é a quantidade de jogadores emprestados pelo Sport Lisboa e Benfica. Na última conferência de imprensa onde Luís Filipe Vieira marcou presença, foi dito que "(...) poderá sim, de certeza absoluta, o Benfica em princípio, deixar de emprestar jogadores [em Portugal] excepto os jogadores da sua formação".

    O ano passado (17/18) em setembro, eram estes os nossos jogadores emprestados:



    Uma vez abordado o tema dos empréstimos gostaria de deixar claro alguns (os mais importantes) jogadores que o Benfica adquiriu e que têm sido emprestados ou que se encontram na condição de 'indefinidos';

    • Ponck
    • Lisandro López
    • Reinildo
    • Matheus Leal
    • Patrick Vieira
    • Mato Milos
    • Pawel Dawidowicz
    • Thabo Cele
    • Erdal Rakip
    • Pedro Nuno
    • Dálcio
    • Adel Taraabt
    • Óscar Benítez
    • Salvador Agra
    • Jhon Murillo
    • Saponjic


    Estes, são apenas 16 dos 32 jogadores que se encontram na condição de 'indefinidos' nos quadros do Sport Lisboa e Benfica. Está mais do que na hora de começar a deixar de fazer certas contratações de jogadores que não estão (no momento da contratação) e que certamente não estarão ao nível do Sport Lisboa e Benfica. Até porque, é mais que óbvio que estas contratações causam dúvidas aos olhos de todos e nada têm de úteis. Depois, sem espaço na equipa, surge a dificuldade em emprestar todos eles. Uns por falta de qualidade/forma (ex: Taraabt), outros por falta de vontade (ex:Pedro Pereira). Esperemos então que segundo a hipótese colocada em cima da mesa por LFV, seja posta em plano já no próximo ano e que se dêem por terminadas algumas contratações que em nada são relevantes ou benéficas ao clube.  Hoje João Teixeira foi vendido ao Chaves e será menos um jogador "a mais". Esperemos que, outros tantos sigam o seu caminho...

    quinta-feira, 28 de junho de 2018

    INÍCIO DA TEMPORADA 18/19


    O Benfica iniciou hoje, 28 de junho, os trabalhos da pré-temporada para a época 18/19.

    Os exames habituais estão a decorrer ao longo do dia e algumas caras novas já vestiram o ‘manto sagrado’. 

    Castillo
    Nicolás Castillo
    Ferreyra
    Facundo Ferreyra
    Lema
    Cristian Lema

    Odysseas Vlachodimos

     Aparte das novas contratações a grande novidade foi também a apresentação oficial das novas camisolas.


    Hoje o Benfica iniciou o primeiro treino da nova época à porta fechada. No treino estiveram 28 jogadores:

    Guarda Redes: Varela, Svilar, Vlachodimos e André Ferreira;
    Defesas: André Almeida, Alex Pinto, Lisandro, Conti, Lema, Luisão, Jardel, Grimaldo e Yuri Ribeiro;
    Médios: Fejsa, Keaton Parks, David Tavares, Pizzi, Chiquinho, João Félix, Gedson, Ola John, Willock, Cervi e Heriberto;
    Avançados: Jonas, Castillo, Ferreyra e João Amaral.


    A recuperar de lesão: Krovinovic (rotura de ligamento no joelho direito) e Rafa (traumatismo joelho direito).

    Resumo do dia de hoje


    Uma época cheia de novidades que esperemos que tragam muito sucesso ao Sport Lisboa e Benfica.

    Foi também hoje divulgada no site oficial a lista (ainda em trabalho) do planeamento da pré-época do Benfica:
    • 28 de junho: início dos trabalhos de pré-temporada, no Estádio da Luz.
    • 9 de julho: início do estágio em Troia.
    • 10 de julho: jogo particular com o Napredak, no Estádio do Bonfim (19h00).
    • 13 de julho: jogo particular com o Vitória de Setúbal, no Estádio do Bonfim (20h30).
    • De 15 a 20 de julho: estágio em St. George's Park, Inglaterra.
    • 21 de julho: início da International Champions Cup. Jogo com o Sevilha, em Zurique (Suíça).
    • 22 de julho: viagem para os Estados Unidos.
    • 25 de julho: jogo com o Borússia Dortmund (International Champions Cup), em Pitsburgo.
    • 28 de julho: jogo com a Juventus (International Champions Cup), em Nova Iorque. Regresso a Lisboa.
    • 1 de Agosto: Eusébio Cup, no Estádio do Algarve. Adversário: Lyon