terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

“O novo Krovinović”?



Muito se falou sobre o que seria o “Benfica pós-Krovinović”. Se a sua lesão levaria novamente o Benfica a dificuldades na construção de jogo e na sua organização defensiva e ofensiva. Depois da lesão surgiu a principal dúvida: qual a opção mais eficaz para preencher a vaga de Krovinović, que pudesse suplantar a qualidade de ligação de jogo do croata. A comunicação social disparou de imediato vários nomes: Keaton Parks, Gedson Fernandes, João Carvalho ou Zivković. Na conferência de imprensa que anteviu o jogo no Restelo, Rui Vitória detalhou as características destes 4 jogadores. 




  • "O Gedson Fernandes ainda é júnior, mas está a trabalhar connosco há três semanas e tem boas caracterísiticas para a função. Tem chegada e dimensão para ir à outra área e voltar rápido." 

  • Keaton Parks: "Está preparado há algum tempo, pode fazer qualquer uma das posições do corredor. A direita, a esquerda, a posição 6... Está perfeitamente preparado." 

  • João Carvalho: "Pensa mais rápido do que a maioria, com boa chegada ao golo. Tenta virar rápido, apresenta qualidade técnica no passe curto e longo. Em espaços apertados descobre caminhos com facilidade, mas tem de ganhar agressividade e resistência, algo que o Krovinović há dois meses não tinha." 

  • Zivković: "Joga bem por terrenos interiores, com qualidade técnica. Pode fazer combinações nos corredores e está apto para jogar naquela posição." 


E foi então que, no Restelo, João Carvalho foi lançado a jogo. Dos quatro jogadores mencionados, face à qualidade que cada um deles podia oferecer e tendo em conta o factor de maior entrosamento com a equipa, foi João Carvalho o escolhido para a tarefa de 'tentar fazer de Krovinović'. Azar ou não, o Benfica faz coletivamente um péssimo jogo e perde 2 pontos onde João Carvalho aparentou não estar ao nível do “desafio” tendo cedido o seu lugar a Zivković depois de uma hora de jogo. Foi aí, que Zivković mostrou a Rui Vitória que a equipa ganharia “mais vida” consigo no meio campo , mesmo apesar de esta estar apática. Na jornada seguinte frente ao Rio Ave, notou-se uma equipa mais ativa na segunda parte com 5 golos e com o sérvio sempre presente em cada lance periogoso. A sua diferença fez-se sentir em campo também em Portimão onde em 57 passes, falhou 7 (87%) acabando também com um golo. Contudo a pergunta que se levanta a Rui Vitória é:


"Porquê Zivković e não João Carvalho, o que pretende para a posição?"


Rui Vitória: «O Zivkovic não tem a ver com o João, tem a ver com o Zivković. Entendemos como estratégia haver jogadores que, à esquerda, tivessem mais penetração do que o João. O Rio Ave ia jogar com um jogador adaptado e a nossa dinâmica de corredor ter três homens, mas com agressividade à profundidade do Cervi e do Zivković. Na primeira parte, o Zivković estava muito metido no ataque e muitas vezes faltava esse jogador. O Pizzi queria virar o corredor e não tinha como. O que se pretende para ali? Alguém que pense o jogo, dentro do bloco contrário, como saiba envolver por fora. Temos no nosso plantel jogadores que dão resposta a estas características.»


Zivković oferece mais rapidez, inteligência, uma maior facilidade de penetração no meio-campo contrário e é forte nos duelos de bola. É sabido que atua em zonas mais interiores, contudo, alinhar no centro do terreno não o impede de surgir nessas zonas. A equipa ganha mais com as suas transições ofensivas mesmo quando pressionado, poucas são as vezes em que perde a bola e o exemplo disso foi no jogo passado, na Luz, frente ao Boavista.


Ainda estamos num período muito prematuro para avaliar se poderá Zivković colmatar de forma parcial a ausência de Krovinović? Há quem já diga que temos "O novo Krovinović"...

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